09/07/2010

LÍRICAS - FRASES DE ÉPOCA

"Nós fugimos do nazismo e escolhemos o Brasil por que achávamos que era um país de liberdade." Zora Herzog, mãe de Vladimir

"Resolvi que Vlado deveria ser enterrado bem no centro do cemitério sagrado, com todas as honras de judeu e de brasileiro honrado que ele era."
rabino Henry Sobel

"Também, com esses posters como é que vai dizer que não era comunista?"
Fleury, segurança da TV Cultura, ao chegar na casa de Vladimir.

"Eu em nenhum momento acreditei no suicídio de Vladimir. Tinha certeza de que ele tinha morrido torturado." Clarice Herzog, mulher de Vladimir
"Há muitos anos, um suicídio, guardadas as proporções, não provocava a reação de tanta uniformidade quanto o de Vladimir." Folha de São Paulo, 28/10/1996.

"Que a memória de Vladimir faça dessa geração a geração da esperança que renasce todos os dias, e que as esperanças em conjunto formem uma corrente irresistível, que nos levará a dias melhores." D. Paulo Evaristo Arns, então Cardeal Arcebispo de São Paulo

“Somos herdeiros das melhores tradições revolucionarias de nosso povo (...)” – Manifesto de Luiz Carlos Prestes, conclamando à Aliança Nacional Libertadora em 06 de julho de 1935.

“Assumo provisoriamente o Governo da Republica (...)”—Getúlio Vargas em seu discurso de posse do Governo Provisório, 03 de novembro de 1930.

“Ficam dissolvidos nesta data, todos os partidos políticos.” - Artigo 1º do decreto de Getulio Vargas, no inicio do Estado Novo, 2 de dezembro de 1937

“ O sufrágio universal passa, assim, a ser instrumento dos mais audazes e máscara que mal dissimula o conluio dos apetites pessoais e de corrilhos.” Discurso de Getulio instituindo o Estado Novo em 10 de novembro de 1937.

“Façamos a revolução antes que o povo faça”- Antônio Carlos de Andrada, presidente do estado de Minas Gerais, comentando sobre a necessidade da revolução de 1930.

“A situação ‘revolucionária’ desta bosta mental sul-americana, apresentava-se assim: o contrario do burguês não era o proletário era o boêmio.” – Oswald de Andrade na apresentação de do romance Serafim Ponte Grande, composto entre 1925 e 1929, publicado em 1933.

“Mas ele teve este topete?” – Comentário de Getulio Vargas ao ser informado por sua filha do discurso do embaixador americano Adolf Berle Júnior, propondo eleições livres diretas para o país em setembro de 1944.

“Mais leite, mais água, mas menos água no leite.” – Slogan da campanha de Barão de Itararé, quando se candidatou pelo PCB, à Câmara no Distrito Federal em 1947.

“As crianças dizem o que fazem; o velhos, o que fizeram; os idiotas, o que vão fazer...”- Barão de Itararé, quando candidato a vereador do Rio de Janeiro pelo PCB, respondendo as cobranças de explicações pormenorizadas sobre o que pretendia fazer, se eleito, em 1947.

“Eram espectros que se arrastavam tontos, bobos, idiotizados – tantas foram as torturas que lhes infringiram no famoso e infame Gabinete.” – Comentário de Monteiro Lobato em uma carta a Fernando Costa sobre a pratica de tortura pelo Estado Novo em 1941, o autor foi preso em 20 de março de 1941 e cumpriu três meses a que fora condenado.

“Libertado o Brasil – A deposição do Sr. Getulio Vargas pelas Forças armadas Mereceu vibrantes aplausos do povo brasileiro – Foi um fiasco tremendo o último golpe do ditador que amanhã partirá de avião para se recolher a S. Borja” – Edição de capa do jornal A Tarde em 29 de outubro de 1945, a manchete anuncia o fim da era Vargas.

“Tenho plena certeza que serei eleito, mas sei também que, segunda vez, não chegarei ao fim do meu Governo.” – Trecho da entrevista concedida ao Jornal Folha da Noite pelo candidato à Presidência da Republica Getulio Vargas em julho de 1950.

“Esse tiro me atingiu pelas costas”. – Presidente Getulio Vargas ao saber do atentado contra Carlos Lacerda em 05 de agosto de 1954.

“Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade. Saio da vida para entrar na Historia.” – Trechos da carta testamento de Getúlio Vargas ao cometer suicídio, agosto de 1954

“Brasília é o mais dispendioso monumento até hoje erguido em homenagem a leviandade e à incompetência.” - Carlos Lacerda, no Jornal Tribuna da Imprensa em agosto de 1958.

“Você é o único jornalista capaz de fazer um jornal que é capitalista no primeiro caderno e comunista no segundo.” - O empresário e industrial paulista Euvaldo Lodi fala à Samuel Wainer comentando sobre o jornal Ultima Hora em 1951.

”Um, dois, três, Brizola no xadrez”, “Ta chegando a hora de Jango ir embora.” – Palavras de ordem da Marcha da Família com Deus pela Liberdade, 19 de março de 1964.

“Quando o Exercito não será um valhacouto de torturadores?” – Trecho do discurso do deputado Márcio Moreira Alves (MDB-RJ), sugerindo boicotes ao desfile de 07 de setembro de 1968.

“Tempo negro. Temperatura sufocante. O ar esta irrespirável. O País esta sendo varrido por fortes ventos. Max: 38º, em Brasília. Min.: 5º, nas Laranjeiras.” – Esta era a previsão do tempo para o Jornal do Brasil, depois da decretação do AI-5, 14 de dezembro de 1968.

“Essa música é atentatória à soberania do País, um achincalhe às Forças Armadas e não deveria nem mesmo ser inscrita.” – General Luiz de França Oliveira, secretário da Segurança da Guanabara, fazendo menção à canção “caminhando”, publicado na revista Veja de 09 de outubro de 1968.

“Não há tortura no Brasil.” – Alfredo Buzaid, Ministro da Justiça, 1970.

“Reitero que usarei esses poderes e instrumentos extraordinários exatamente para criar aquelas condições em que eles possam ser dispensados.” – Presidente Médici, em aula inaugural na Escola Superior de Guerra, 10 de março de 1970.

“Realmente, eu sei que o país é essencialmente agrícola. Afinal eu posso ser ignorante, mas não tanto”. – General João Figueiredo, candidato à Presidência da república, 1978

“É para abrir mesmo, quem quiser que não abra, eu prendo e arrebento” - Presidente João Batista Figueiredo confirmando a distensão política à Convenção Nacional da Arena, 1978.

“Inquérito conclui pelo suicídio de Vladmir Herzog.” - Titulo de Matéria do Jornal O Estado de São Paulo em dezembro de 1975.

“Justiça responsabiliza União pela morte de Herzog.” - Manchete do Jornal do Brasil, outubro de 1978.
“Criei um monstro” – General Golbery do Couto e Silva sobre o Serviço Nacional de Informação (SNI) em 1981

“Quebramos a cara.” - General Milton Cruz, Comandante Militar do Planalto, comentando o episódio da invasão da OAB de Brasília em 1983.

“Cacete não é santo mas faz milagres.” – O General Octávio Medeiros, em maio de 1985, fala sobre as greves em São Paulo.

“Preso deve ser recolhido a sete chaves e, se possível, até enforcado.” – O Deputado Erasmo Dias ( PDS-SP.), ainda com traços autoritários da época de 60 e 70, mostra sua frieza ao falar sobre o sistema carcerário em junho de 1986.

“Um assassino truculento que executava presos debilitados pela tortura com tiros na cabeça e um Romeu extremado que escrevia cartas para a amante papel timbrado do Departamento Estadual de Investigações Criminais (...), chefiou o hediondo Esquadrão da Morte, e nunca teve uma condenação sequer”. – O jornalista e escritor Percival de Souza fala ao Jornal

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