16/03/2020

1954 - ESCOLA AUGUSTO REIS - DIA DA ÁRVORE

DIA DA ÁRVORE - ESCOLA DR. AUGUSTO REIS 
SÃO MANUEL SP - 21 DE SETEMBRO DE 1954

 O DIRETOR OSVALDO GARÓFALO  DISCURSANDO SOBRE O ACONTECIMENTO. 
PRESENTES AO EVENTO O EXMO SR. JUIZ DE DIREITO ARTHUR DE OLIVEIRA COSTA, VIGÁRIO TÚLLIO MARTINELLI, PREFEITO ANTONIO DALLACQUA ENTRE OUTRAS AUTORIDADES. 

O EXMO SR. JUÍZ DE DIREITO ARTHUR DE OLIVEIRA COSTA PLANTA UMA ÁRVORE NO PÁTIO DA ESCOLA COM O AUXÍLIO DO ENGENHEIRO AGRÔNOMO DR. CLÁUDIO PINHEIRO MACHADO 



 ALUNO DESCONHECIDO FAZENDO AS SAUDAÇÕES.
O LOCUTOR DA RÁDIO CLUBE DE SÃO MANUEL, CARLOS MARCHEZI APRESENTANDO O EVENTO.

ENGENHEIRO AGRÔNOMO DR. CLÁUDIO PINHEIRO MACHADO, FALANDO SOBRE O EVENTO, AO LADO O DIRETOR OSVALDO GARÓFALO.

Acervo do Múseu Municipal 
de São Manuel Padre Manuel da Nóbrega


13/03/2020

AUGUSTO MEIRELLES REIS – O PRIMEIRO JUIZ DE SÃO MANUEL-SP


Doutor Augusto de Meirelles Reis nasceu no Município de Guaratinguetá em 29 de junho de 1865, casou-se com Carmem Franco Meirelles Reis e em segundas núpcias com Anália Lara Campos que era de família tradicional do Município de São Manuel, ela faleceu em 03 de janeiro de 1922, Augusto Reis teve os filhos Augusto Meirelles Reis Filho, Mario Meirelles Reis, Alice Meirelles Reis, Ester Meirelles Reis, Paulo Meirelles Reis, Nelson Meirelles Reis, Tereza Meirelles Reis e José Meirelles Reis.
Estudou e se formou em Ciências Jurídica e Sociais pela Faculdade de Direito de São Paulo em 1886, em 1887 foi promotor público de Guaratinguetá e Juiz Municipal em Queluz.
No ano de 1892 foi escolhido para juiz de direito de São Manuel, sendo o primeiro magistrado deste Município.
No ano de 1900 por ocasião da criação do primeiro grupo escolar de São Manuel foi escolhido como patrono.
Transferido em 1900 para a capital paulista ocupou os cargos sucessivos de Juiz da 1ª Vara de Órfãos, Juiz de Feitos da fazenda Provedora de São Paulo, Juiz da Vara Cível e Comercial da Capital, Chefe da Polícia do Estado de São Paulo, Ministro da Câmara Criminal o Tribunal de Justiça sendo posteriormente removido para a Câmara Cível.
Deve-se destacar que através de sua administração como Chefe de Polícia do Estado de São Paulo foi organizada a polícia de carreira no Brasil.
A dimensão deste homem e grandiosa, conhecido como um Juiz querente, justo e sobretudo sábio em suas decisões foi designado para ser Juiz Arbitral na questão das “duas pontes” onde havia discussão das divisas entre os municípios de Amparo e Mogi Mirim.  
Aposentou-se de suas atividades de juiz em 04 de fevereiro de 1922, no mesmo ano foi eleito deputado ao Congresso do Estado de São Paulo.
Foi membro da Diretoria na década de 30 (1900) da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Em maio de 1934 o veículo dirigido por Antonio Martins Rocha na Capital paulista ao desviar de outro veículo atropela o Doutor Augusto Reis, na ocasião ficou muito ferido, principalmente na cabeça, mas se recuperou bem.
Foi um juiz de destaque na magistratura paulistana, homem de personalidade marcante onde o Município de São Manuel sempre rendeu homenagens.
O Doutor Augusto Meirelles Reis Faleceu dia 11 de fevereiro de 1944 na cidade de São Paulo.
A honra e gloria deste homem deve ser sempre observada, nosso primeiro juiz que nos orgulha por estampar a instituição de ensino manuelina que leva seu nome, Escola Doutor Augusto Reis.


A HOMENAGEM AO DOUTOR

No ano de 1965 foi efetivado na Escola Augusto Reis homenagens de seu centenário com várias “solenidades da festa do Centenário de Nascimento do patrono de seu estabelecimento de ensino”.    
Em agosto de 1965 o Diretor Wilde Souza Macedo da Escola Augusto Reis escreve:
APRESENTAÇÃO
No intuito maior de render ao patrono do educandário primário principal e tradicional desta cidade, ante a presença de seus ilustres descendentes, as honrarias pelo centenário de seu nascimento; no desejo de tributar preito de respeito aos atuais representantes da justiça em São Manuel, nas homenagens ao seu primeiro magistrado; no objetivo de educar a nossa infância através de maior vivencia com as atividades que podem levar à formação dos princípios morais, cívicos, artísticos e sociais exigidos pela educação moderna; no interesse de aproveitar o espírito de iniciativa e demais valores do professorado que honra este estabelecimento de ensino em cujo o exemplo de atitudes se reflete beneficamente em nossos educandos encontramos a razão  para as festividades de cunho popular, educativo e social ora por nós organizados.”   
Bons exemplos devem ser observados sempre, grandes homens devem ser exaltados pela eternidade. Os eternos não merecem o esquecimento e tão pouco o esquecimento de abraça-los. Somente a glória os completa.
Ao esquecimento é melhor não lembrar que existe. Más o desprezo para quem tanto fez se combate com o antídoto do resgate para que torne público o que na verdade nunca deveria deixar de ser público.    


A ESCOLA DR AUGUSTO REIS

O primeiro passo para a criação do grupo escolar, que leva o nome de Doutor Augusto Reis, foi a reunião das escolas isoladas existentes então. A partir daí, começaram a funcionar as do sexo masculino em um prédio, e a do feminino em outro, porém ambas as escolas situadas no Largo da Matriz.


O governo, atendendo à solicitação da Câmara Municipal, promulgou, no dia 24 de janeiro de 1900, a lei que decretava a criação do grupo. Foi instalado em 10 de fevereiro do mesmo ano, e entre 1900 e 1902 funcionou nos mesmos prédios onde inicialmente estavam instaladas as escolas reunidas.

Em 15 de novembro de 1900, foi lançada a pedra fundamental para a construção do novo edifício destinado a esse grupo escolar. Em 1902, foram concluídas as obras e começaram a funcionar as classes do Grupo Escolar Dr. Augusto Reis. O edifício projetado por Victor Dubugras constitui uma solução única dentre os grupos escolares construídos na época: o ginásio foi incorporado à edificação, resultando numa fachada assimétrica. É o único projeto que apresenta esse tipo de solução, até 1920. Desde seu início até 1908, o grupo funcionou com um número de matrículas nunca inferior a 390 alunos.

Pelo alto valor histórico na evolução educacional do Estado de São Paulo, juntamente com outras 122 escolas públicas da capital e do interior, seu prédio foi tombado pelo Conselho do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (CONDEPHAAT), conforme publicação do Diário Oficial do Estado.