Ainda ouvindo ecos sobre as declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que polemiza sobre a descriminalização do uso da maconha, e confabulando com minha memória, tentei por varias vezes entender o que foi declarado mas sem compreender.
Desculpas, fundamentações vagas, um homem com uma intelectualidade que transpõe os limites das barreiras e conhecida por todo o mundo, onde me prostrei e em muito me inspirei, comecei a questioná-la pela a argumentação deficiente ou inócua frente à seriedade do tema, do problema social que este pode causar.
É certo que a movimentação de uma nova ordem tenta de forma exacerbada a liberação ou a atenuação de problemas sociais onde os minimizam, como se tais não implicassem em conseqüências certas.
Tais polemicas, como liberação de entorpecentes, bingos entre outras certamente seriam caladas se ao invés de interesses particulares fosse somente utilizada à razão, esta é que acompanha o homem que deduz parte de sua vida ao desenvolvimento de sua inteligência, no entanto, não se pode reputar a todo intelectual a razão, alguns realmente se envaidecem por serem homens de farta inteligência e assim, vão à contra mão das opiniões globais, somente pela condição de ser um intelectual, aquele que se envaidece de sua intelectualidade se torna um ignorante de sua alma.
O que o intelectual deveria entender que por sua sabedoria, uma grande proporção da sociedade o segue, é assim em toda sociedade, então este deixa de ser um cidadão comum, e passa a ser um cidadão que forma opinião, nota-se ai a extrema responsabilidade das opiniões emitidas pois estas serão observadas e seguidas, e não pode levianamente emitir algo que não se fundamenta.
Nesta linha ao analisar as ilações do ex-presidente, nota-se um perfeito desconhecimento daquilo que fala, e joga de forma poética fracassos, guerras perdidas, situações sem comprovação legal, ainda faz comparações de países que não sofrem problemas sociais dos quais desfrutamos, que não servem de parâmetros e nem de exemplos.
Querido Fernando Henrique Cardoso e todos os adeptos a liberação de entorpecentes, não há necessidade de pesquisas no intuito de saber se a população quer ou não quer a liberação da maconha, é simples, pergunte somente aos familiares que sofrem as conseqüências deste vicio, se a mãe de um maconheiro desejaria que se liberasse a droga, se os filhos de um maconheiro também aprovariam esta decisão? Analisem se há apoio desta gente que sofre na pele tal conduta.
Não se pode simplesmente jogar aos ventos palavras infundadas que poderiam acentuar mais os problemas sociais que temos, é necessário uma analise com base cientifica.
Senhor Fernando Henrique questiono, deveria se abolir o crime de fabricar e vender produtos falsificados? Você aprovaria seus livros serem copiados e vendidos sem lhe pagar direitos autorais? Os governos também estão “fracassando” na fiscalização de produtos “pirateados”, e por isso deveria descriminalizar? Aprovaria a liberação de bingos em detrimento de pais de famílias que gastam seus proventos do mês em uma noite de jogo, viciados na jogatina? Aprovaria? Seus fracos argumentos se enquadram também a estas situações, e tais não causam um caos social?
Assim deixo meu repudio a ignorância de um intelectual que por vezes deveria gastar sua energia e prestigio ao combate da corrupção, se dedicar em mecanismos que realmente atendam as necessidades da população no que concerne saúde, educação, segurança. Nunca deveria abrir seus olhos para interesses que não acrescentam nada, nada resolvem.
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