15/09/2011

PESQUISA - ÉTICA E PODER

 

Fabiano Minichello
Leandro Neres Santana
1º Administração Diurno.
 Gestão Empresarial
Prof. Eduardo Delamonica.
ATENÇÃO O PRESENTE TRABALHO É DESTINADO
SOMENTE PARA PESQUISA,
NAO PODENDO SER COPIADO E TRASCRITO

ÉTICA E PODER:
PREFÁCIO:
A omissão em seguir padrões éticos pode ser uma ladeira escorregadia, que corrompe imperceptível e implacavelmente os valores e a moral do individuo. À medida que aumentam as pressões que apresentam bom desempenho financeiro, altos administradores são motivados a depender cada vez mais de seus subordinados para obter resultados favoráveis e a ser menos exigentes sobre a maneira como eles são obtidos. Embora o desempenho medíocre não tenha necessariamente que resultar em conduta antiética, ele na verdade, põe em risco a capacidade da empresa de permanecer em alto terreno moral.
O custo da conduta antiética pode ir muito além das penalidades legais, notícias desfavoráveis na imprensa e prejuízos nas relações com clientes. Muitas vezes a conseqüência mais grave é o dilaceramento do espírito organizacional. Em alguns casos, empregados se consideram vítimas diretas como quando os operários sob condições de trabalho perigosas são inadequadamente protegidos, ou quando gerentes são rsponsaveis pelos resultados da liderança medíocre dos altos executivos. Em outros casos, estao obrigados a praticar atos repreensíveis como de empregados designados a supervisionar um contato com o governo são instruídos a onerar outra conta para qual irá à verba.

A ÉTICA NO HOMEM DE PODER:
Por que administradores querem chamar atenção para a ética empresarial em suas empresas? Se ninguém está se queixando de conduta contrária à ética! Por que transformar isto em questão? Afinal a observância da ética empresarial pode custar dinheiro, a perda de vendas para competidores menos escrupulosos, o desperdício de tempo e energia, além de causar descontentamento. Para alguns lideres empresariais o velho ditado “se não está quebrado, não conserte!” parece especialmente apropriado no que concerne a ética. O problema com essa forma de raciocínio é que ele ignora os riscos e custos de conveniência da não execução de conduta ética. As alegações amplamente divulgadas na mídia sobre práticas desonestas e escândalos envolvendo empresários e grandes empresas são lembretes poderosos da existência desses riscos. Empresas são sistematicamente multadas e suas operações restringidas por medidas judiciais. As penalidades legais, a perda da boa vontade no comércio, o embaraço pessoal e outras conseqüências negativas que podem resultar da má conduta fornecem um forte incentivo para que a alta administração dedique pelo menos alguma atenção ao assunto.
A ética empresarial ocupa um lugar curioso nos corações e mentes de numerosos administradores, por um lado repousa em um pedestal, como algo a ser admirado e que serve de estímulo aos demais; por outro, é cercada por uma aura negativa, como algo associado a problemas controversos, outra pedrada que administradores devem evitar, além da confusão ocasionada por essas contradições, estes também se sentem inseguros acerca do que é realisticamente viável ou de como agir na prática, em conseqüência disso, no funcionamento diário de numerosas empresas, o assunto ética empresarial é muitas vezes posto em segundo plano ou mesmo evitado.
A relação do homem com o meio em que ele comanda, o meio o qual ele exerce um poder de autoridade guiando e direcionando os rumos empresariais o qual ele pertence têm que prevalecer um comportamento ético nas relações existentes tanto num nível menor abrangendo a sua limitação de autoridade tanto nas relações com o cliente, ou seja, até onde o seu produto pode alcançar, tendo como significado de ética a ciência da moral e o significado de poder a faculdade, a possibilidade ou a autorização para, é muito desejado e esperado dentro das empresas hoje, um comportamento ético de seus administradores, uma relação mais clara e verdadeira com um jogo mais aberto para efetivar o sucesso da empresa e consequentemente um cuidado com uma marca.
Com uma sociedade mais consciente e a globalização presente a toda parte do planeta hoje temos consumidores conscientes e bem mais atuantes que cobram uma conduta adequada diante das manobras que o capitalismo provoca, qualquer empresa poderá freqüentar matérias diárias de primeira capa de jornais e revistas, sobre escândalos não éticos sobre a verdade de seus produtos.
A má conduta dentro de uma empresa é hoje algo muito indesejado, o sucesso empresarial é reflexo de uma base moral muito rígida praticada nessas empresas. No sucesso de uma empresa cabe a cúpula que dirige a empresa o emprego dessa ética no poder que é exercido por eles.

DESENVOLVIMENTO DE SENSIBILIDADE ÉTICA:
A primeira dessas ações exigem que altos administradores se informem da natureza do desafio da ética empresarial e se tornem sensíveis às questões relevantes nesse particular à suas empresas. Assim, tornam-se conscientes das dificuldades comuns que podem impedir a liderança ética. Essas dificuldades, que são capazes de frustrar um esforço bem intencionado, não são necessariamente óbvios a todos.
É preciso desenvolver a sensibilidade das questões morais específicas que afetam ou ameaçam as empresas. Sem essa sensibilidade podem involuntariamente provocar ou permitir a ocorrência de conduta imprópria. Algumas ações antiéticas não são menos condenáveis à parte ofendida ou aos olhos de outras pessoas e, por conseguinte, não menos destrutivas da confiança na integridade moral da alta administração.

FORTE ESTRATÉGIA COMPETITIVA E ADMINISTRAÇÃO OPERACIONAL
A segunda ação obrigatória no processo que exige que a administração superior providencie para que a empresa seja bem gerida em todos os demais aspectos. Empresas que exibem um clima ético mais favorável possuem também uma forte liderança empresarial. Desempenho empresarial medíocre implica em se aproximar da linha que delimita a conduta aceitável, ou mesmo cruza-la a fim de evitar conseqüências de fracassos. Sob pressão da diretoria ou de ameaças de absorção da empresa por outra, até mesmo administradores graduados com a melhor das intenções podem cair vitimas das atrações e tirania do lucro. Em contraste, a administração forte e eficaz torna mais fácil o comportamento ético quando a empresa pode atingir suas metas financeiras observando práticas empresariais respeitáveis. A administração forte e eficaz é também de importância fundamental para explorar o espírito criativo e aventureiro da empresa, logo que sejam desenvolvidos os requisitos indispensáveis de confiança e respeito mútuo.


UM PROGRAMA ÉTICO NAS EMPRESAS:
Com a existência de um alicerce de sensibilidade ética é o gerenciamento eficaz, a alta administração está em condições de promover a conduta ética empresarial. As considerações básicas de um programa ético valido implicam a formulação de políticas e arranjos organizacionais que promovam a preocupação da empresa com os interesses das diferentes partes afetadas por suas operações e proporcionem garantias contra pressões corruptoras dos negócios. Está estrutura básica precisa ser apoiada e estendida por uma grande variedade de medidas e práticas. Exemplos de esforços da administração para cultivar valores éticos na empresa incluem palestras inspiradoras, oferecimento de treinamento ético, fornecimento de bons exemplos, repressão de má conduta e auxílio a empregados que estão preocupados ou confusos com questões éticas.

PESSOAL ÉTICO:
O quarto componente do processo consiste em prover a empresa de pessoal ético e fazer com que ela se cerque de uma assessoria formada por gente do mesmo calibre. A consideração relativa a pessoal exige a seleção de indivíduos que subscrevam fortes princípios morais e a rejeição de pessoas carentes nesse particular, e a nomeação de pessoal hábil no fornecimento de liderança moral para cargos em que tal liderança possa produzir o maior efeito sobre outros membros da empresa. Cercar a organização de pessoal ético requer valores morais sejam uma consideração importante na seleção de consultores profissionais (jurídicos, financeiros, contábeis, fiscais, publicitários, administrativos,e etc.), fornecedores,companhias associadas e nos casos apropriados até clientes.

EXEMPLO DE CONDUTA ANTIÉTICA NA INDÚSTRIA:
Em julho de 1988, Neil L. Hoyvald e John F. Lavery, presidente e vice-presidente da Beech-Nut, foram condenados à pena de prisão de um ano e um dia e receberam multas no total de $100.000,00 dólares por participação no que foi mais tarde descrito como a mais grave confissão de ilícito penal por uma grande empresa e um caso clássico de ganância e irresponsabilidade empresarial. Os dois haviam vendido milhões de garrafas de suco de maça que sabiam conter pouco ou nenhum suco de maça, apenas açúcar, água, flavorizante e corante. Os consumidores desse produto falsificado eram bebês.
Sob pressão para reduzir prejuízos, em 1977 a empresa dispensou seu antigo fornecedor de concentrado de suco de maça, trocando-o por uma fonte menos cara. Em 1981, um cientista da empresa, especialista em controle de qualidade de alimentos, que havia monitorado o fornecimento, enviou um memorando à administração, manifestando a suspeita de que o concentrado de maça usado na produção do suco 100% de fruta era uma mistura de ingredientes sintéticos. Na época, nenhum teste podia provar a adulteração. O novo executivo chefe, sentiu-se pressionado a mostrar um melhoramento nos resultados financeiros à nova companhia matriz, a empresa Nestlé. Recusar o suprimento de baixo custo na base de evidência circunstancial estava fora de cogitação. A administração podia achar algum consolo no fato de que a questão de segurança não estava em jogo.
Em 1982, essa reserva mental foi derrubada quando a associação da indústria de suco processado de maça começou a investigar acusações de adulteração em grande escala. A fim de evitar acusações, a Beech-Nut suspendeu o uso do concentrado sintético. Em vez de incorrer as perdas o chefe de controle de qualidade da empresa e mais tarde servidores da Administração de Alimentos e Medicamentos, Hoyvald resolveu vender o estoque do produto, avaliado em 3,5 milhões de dólares. Procurando uma maneira de evitar um grande prejuízo financeiro. Posteriormente, a Beech-Nut vendeu milhares de caixas do suco falsificado em mercados do Caribe, enquanto seus advogados usavam de táticas de contemporização com órgãos federais e estaduais. Em 1987, a Beech-Nut reconheceu ser culpada de 215 acusações de violação de leis federais sobre alimentos e medicamentos e concordou em pagar uma multa de dois milhões de dólares, até esse momento a mais alta imposta m 50 anos de história da lei de alimentos, medicamentos e cosméticos.

CONCLUSÃO:
A conduta ética dentro das empresas é uma questão que abrange uma totalidade, ou seja, a tudo o que representa o império da marca em si.
Uma conduta antiética praticada pelos executivos que direcionam o caminho da empresa não somente destroe a si mesmos como tambem profissionais e a marca e a empresa em todo  alcance que elas  podem chegar. Vivendo em uma sociedade globalizada, a quebra de moralidade de uma empresa, se depara com clientes mais ferozes em questões de cobranças. O mundo capitalista não permite perdas e a maneira de se usar a ética nos cargos administrativos dentro da empresa refletirá em muito a sua maneira de agir com o mercado, sendo ela uma razão muito forte no resultado final do produto com o cliente.
Para se atingir um estado moral ético dentro de uma empresa, cabe aos administradores o empenho na colocação de pessoal ético em todas as repartições da empresa, e acima de tudo, controlar as decisões de uma forma clara e responsável, essa responsabilidade é de fator importante, pois sendo a ética uma pilar muito desejado pelos administradores, o porque da sua aplicação implica em vários fatores, inclusive o econômico. Não se pode apenas focar em fazer ativo cada passo em falso dado pela empresa em algum momento é absorvido pelos meios de comunicação, e escancarado a grande massa em forma de escândalo, é um tabu a ser quebrado, a aplicação de uma conduta ética é algo muitas vezes deixada de lado, muitos administradores se queixam que isso pode custar dinheiro, acarretar prejuízos em transações com competidores. Ainda, uma conduta antiética resumida em escândalos pode prejudicar seriamente os destinos da empresa, com punições legais, má publicidade e, irreparáveis danos nas relações com os clientes.
Programas éticos não apenas desencorajam desvios de conduta como contribuem substancialmente para a excelência administrativa da empresa, sendo que a atuação desses programas possuem uma atuação em três níveis:
Primeiro, no alto escalão, a fim de propiciar uma liderança exemplar efetiva;
Segundo, incentivar a preocupação com interesses dos indivíduos afetados pelo negócio da empresa e prover meios para controlar tentativas de corrupção;
Terceiro, contratar pessoas éticas e recorrer a consultorias idôneas.
BIBLIOGRÁFIA:

Aguilar, Francis J. - A ética nas empresas, Jorge Zahar Editor, 1996

Fleury, Maria Tereza Leme, Fischer, Rosa Maria –Cultura e Poder nas Organizações, Atlas,1996,2º edição.

Bueno, Silveira –Dicionário da Língua Portuguesa, FTD,1996

Klitgaard, Robert –A corrupção sob Controle,JZE,1997,2º edição.

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