Uma das maiores satisfações para um indivíduo hoje no mundo moderno é
sua profissionalização.
A valer do
empenho de horas a fio pendurado nos alfarrábios, e na modernidade que avança
com uma velocidade esplendorosa. Na verdade nós vivemos todos com a necessidade
de reciclagem e investimento na própria pessoa.
Todo
indivíduo para não ser frustrado precisa ter sua direção profissional, na
realidade, existem profissões que admiramos e aquela que queremos seguir,
ocorre que em alguns porões das escolas públicas, o jovem não tem seu
direcionamento, não é preparado para isso, exemplo disso, foi algumas palestras
que dei sobre direcionamento profissional na rede publica, donde perguntei a
eles:
Vocês sabem
como se faz para entrar em uma faculdade? A classe inteira ficou espantada
olhando para mim, como se eu estivesse falando outra língua. Isso aconteceu em
todas as classes em que fui.
Vocês sabem
pelo menos o que é uma faculdade? Novamente a classe somente olhava.
O que mais
me deixou desesperado em saber que falta objetividade aos alunos, foi quando
fiz uma comparação, peguei o nome de uma faculdade particular e falei que os
alunos desta pagam cerca de dois mil reais para estudar no curso de medicina, e
perguntei a eles, um aluno da Universidade Paulista (UNESP) ou, da Universidade
de São Paulo (USP.) paga quanto para estudar? Alguns não se pronunciaram, os
que se pronunciaram declinaram valores entre setecentos a três mil reais,
ocorre que tais universidades são pública, e sendo assim o curso seria
gratuito, todos os alunos não sabiam, pensando que estas também seriam pagas.
Por fim,
perguntei se eles sabiam que poderiam ser um advogado, um médico, um professor,
um enfermeiro, etc., enfim um profissional, muitos deram risadas, subestimando
a própria pessoa, alguns responderam que não passariam de cortadores de cana ou
lixeiro. Falei a eles, se eles não acreditam no próprio potencial que os
cercam, não poderiam acreditar em mais nada, e que as horas lançadas nos
assentos escolares, somente contribuiria para cauterizar seu fracasso,
minimizar sua frustração, pois simplesmente teriam um diploma com, formação
pelo 2º grau. O que não pode condizer com a realidade daquele que estuda, pois
todo estudante é um desbravador, que luta pelo seu ideal.
Nosso
País peca em não preparar o indivíduo a ser alguém, e sim algo, um
número estatístico, pessoas que simplesmente estudam para cumprir uma obrigação
imposta pelos pais, ou pela a lei. O Estado deveria dar mais objetividade aos
alunos, preparando-os para uma vida profissional, costumo dizer que esta
geração é uma geração perdida, pois não encontram caminhos a seguir, não
encontram as soluções dos problemas, exceções sejam feitas, muitos seguem
caminhos que não sabem porque trilham, alguns são piores ainda, pois encontram
no seu reduto escolar, a marginalização para a prática de seus atos,
visto que o próprio aluno não é tratado como tal, exemplo disso foi
um dia em que fui dar aula em caráter eventual, substituindo um professor que
tirou licença por alguns dias, ao perguntar a senhora que trabalhava na
secretaria se o professor havia deixado a matéria, ela respondeu que não, que
era para eu olhar os cadernos dos alunos e fazer talvez uma “revisãosinha” ou
dar jogos, que, o mais importante não era o conteúdo da matéria e sim para
deixa-los quietos sem bagunçar. Ora, se a própria escola que tem o papel
de passar aos alunos uma cultura e educação, fazendo-os se tornar parte da peça
social, não cumpre com suas obrigações como deveria, quem dirá aos próprios
alunos, que por vez também não cumprirão seu papel de aluno, o
tratamento dado a estes é secundário, aplicando uma metodologia primitiva,
provinciana de fundos de gaveta, voltada tão somente a “burrocracia” dos
números estatísticos, donde na verdade a escola publica seria feita somente
para manter o emprego. Ressalvas sejam feitas novamente, pois conheço alguns
profissionais da educação bem como diretores e professores que se preocupam,
dedicam-se, e tentam desempenhar da melhor forma seu papel, mas não conseguem
pela força do sistema instalado.
O Estado
tem como obrigação precípua, tratar aos alunos como tal, dando todo o aval para
que estes tenham o direito de cursar uma faculdade ou seguir um caminho. A
pior falência deste Estado que ai esta é a omissão.