28/12/2014

NOVELLI JUNIOR EM 1950 NA RÁDIO CLUBE - CAMPANHA PARA O GOVERNO



Luís Gonzaga Novelli Júnior nasceu em Itu (SP) no dia 22 de janeiro de 1906, filho de Luís Gonzaga Novelli e de Vicentina Bueno Camargo.
Formado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1931, retornou em seguida à sua cidade natal, vindo a participar da Revolução Constitucionalista de São Paulo, iniciada em julho de 1932. Após a derrota dos paulistas pelas tropas federais em outubro, filiou-se à Federação dos Voluntários, organização política então criada com o objetivo de congregar os participantes do movimento constitucionalista paulista.
Novelli Júnior transferiu-se em 1935 para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como médico da Assistência Pública e do Departamento Nacional do Café. De 1937 a 1941, foi inspetor federal do ensino secundário, deixando suas funções para assumir o cargo de titular do 3º Registro de Imóveis do Rio de Janeiro. Em 1945 filiou-se ao Partido Social Democrático (PSD), uma das agremiações políticas criadas após a desagregação do Estado Novo (1937-1945) e com o início do processo de redemocratização do país. Com a deposição de Getúlio Vargas pelos chefes militares (29/10/1945), o governo foi assumido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, José Linhares.
Em 2 de dezembro - no mesmo pleito que elegeu o general Eurico Gaspar Dutra candidato do PSD e padrasto da sua esposa, Carmela Ulhoa Cintra Novelli, presidente da República -, Novelli foi eleito deputado por São Paulo à Assembléia Nacional Constituinte. Participou dos trabalhos constituintes desde a instalação da Assembléia, em fevereiro de 1946. Com a promulgação da nova Carta (18/9/1946), exerceu mandato ordinário até março de 1947, quando assumiu a Secretaria de Educação e Saúde de São Paulo no governo de Ademar de Barros. Exonerou-se no mês seguinte, em protesto contra a substituição, pelo governador, de todos os prefeitos nomeados pela administração anterior - o interventor José Carlos de Macedo Soares - e retornou à Câmara Federal.
Em novembro de 1947 - apoiado por Ademar de Barros e pelo partido que chefiava, o Partido Social Progressista, pelo presidente Dutra e por uma dissidência do PSD elegeu-se vice-governador de São Paulo. No final do mês, deixou mais uma vez a Câmara dos Deputados e foi empossado no novo cargo. Em março de 1948, foi protagonista de outra crise no governo paulista, por ter se oposto à idéia do secretário da Agricultura, Hugo Borghi de reunir 1.500 agricultores para discutirem questões de crédito, técnicas agrícolas, sindicalização do trabalhador rural etc. O encontro foi suspenso e Borghi afastado. Além disso, Novelli Júnior rompeu politicamente com o governador Ademar de Barros.
Novelli Júnior deixou a vice-governadoria em meados de 1950 e elegeu-se deputado federal em outubro, sendo empossado em fevereiro de 1951. Não se reelegendo em outubro de 1954, deixou a Câmara em dezembro. Em 1955 voltou ao 3º Registro de Imóveis do Rio de Janeiro. Aposentou-se em 1977.
Faleceu no Rio de Janeiro no dia 1º de junho de 2000.
Do seu casamento com Carmelita Ulhôa Cintra Novelli, teve uma filha.

FONTE DE PESQUISA DO TEXTO
 http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas2/biografias/luis_gonzaga_novelli_junior

18/12/2014

VICE GOVERNADOS ERLINDO SALZANO EM SÃO MANUEL - 1954




Vice-Governador do Estado de São Paulo de 1951 a 1954. Nasceu em Porto Ferreira em 30 de março de 1907, filho de Paschoal Salzano e de Maria Libertucci. Terminou o curso preliminar em 1917, continuando a estudar em Pirassununga onde cursou a Escola Complementar. Em 1920 preparou-se para os exames de admissão ao Ginásio “Culto e Ciência”, de Campinas.
Terminando o curso, tinha o grande desafio: como sobreviver em São Paulo?
Por dominar quatro idiomas – inglês, francês, alemão e russo - foi-lhe possível manter-se e estudar na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Começou a fazer traduções, trabalho bastante lucrativo na época. Nessa ocasião começou a fazer algumas economias, quando foi sorteado para o serviço militar em Mato Grosso e, a duras penas, conseguiu transferência para o 4º B. C. em São Paulo.
Seu quinto ano de medicina foi cumprido quando ainda estava no quartel, continuando à noite com as traduções que eram seu ganha-pão.
Sua família passava por algumas dificuldades financeiras e nada fácil foi a situação enfrentada.
Logo depois de formado à custa de muito sacrifício, tomou parte na Revolução Constitucionalista. Em março de 1933 ingressou na Força Pública do Estado, como médico. Em seguida, fez o curso de Medicina Esportiva n

a Escola de Educação Física do Exército, no Forte São João. Em 1934 foi efetivado no Posto de Tenente-Médico e promovido a Capitão em 1939.
Lecionou durante vários anos, na Escola Superior de Educação Física do Estado, matérias de sua especialidade: cine-siologia, ginástica ortopédica e fisioterapia.
Suas atividades político-administrativas tiveram início em companhia de Adhemar Pereira de Barros, exercendo vários cargos públicos, entre os quais o de Diretor da superintendência das Estâncias Hidrominerais, Presidente do Instituto da Previdência do Estado e Diretor Geral do Departamento de Saúde Publica do Ministério da Saúde.
Em 3 de outubro de 1950, por voto direto, foi eleito Vice-Governador do Estado, sendo Lucas Nogueira Garcez eleito Governador.
Apesar da agitada vida de homem público sempre teve sua família radicada em Porto Ferreira, terra onde nasceu e sempre amou.
Filho ilustre de Porto Ferreira, Erlindo Salzano foi grande responsável pelo progresso da cidade, por sua influência junto aos órgãos governamentais, pelas doações de terra para bens públicos e instituições particulares, assim como centenas de lotes para pessoas com parcos recursos que sonhavam ter casa própria.
A instalação, em 1954, da “Cristaleira Americana Ltda.”, então fábrica de vidros planos, e hoje de propriedade da Vidraria Santa Marina, deve-se à intercessão de Erlindo Salzano, junto a empresários.
Casado com Eucharis Fortes, teve os filhos Elcie, Erany, Erlindo, Justino (Tita), promotor público e Evelcor, industrial e renomado advogado.
Em 22 de julho de 1985 Erlindo Salzano recebeu a Medalha Cívica “29 de Julho”, honraria concedida pela Câmara Municipal de Porto Ferreira.
Com 82 anos de idade, faleceu em São Paulo a 3 de outubro de 1989. No dia seguinte, às 12 horas, seu corpo foi cremado e as cinzas trazidas para Porto Ferreira e depositadas na capela da chácara Vale Encantado, de propriedade da fa
mília.

09/12/2014

AUGUSTO FURGERI - O JARDINEIRO INESQUECÍVEL

Seu Agostinho Furgeri é um cidadão que merece ser lembrado e homenageado. Nascido no município de São Manuel em 18 de abril de 1905. Construiu sua vida com muito amor e carinho como funcionário publico do município iniciou suas atividades como diarista em março de 1933, em 4 de setembro de 1935 passou a exercer a atividade de ajudante de jardineiro e em 1 de janeiro de 1938 foi nomeado pelo prefeito da época José de Meira Leite para exercer o cargo de jardineiro onde teve um desempenho marcante no Jardim   central.

Casou-se com Júlia Boccardo Furgeri e teve os filhos Maria de Lourdes, Edner, Nilza, Conceiçã, Nadir e Luiz Carlos, seus pais eram o senhor João Furgeri e a senhora Regina Alda  

 Em 1952 colaborou de maneira eficaz para a substituição dos bancos de madeira da praça do jardim para os que conhecemos hoje. Também trabalhou 10 anos como zelador e porteiro dos clubes Recreativo e 7 de Julho no Teatro Municipal sendo responsável pela manutenção.


Da direita para a esquerda 
Nadir Furgeri, Tito Jardineiro, Comotti Varredor, Augusto Furgeri e Luiz C. Furgeri, 
 Seu Agostinho também exerceu a função de Comissário de Menores sendo nomeado para tal em 23 de março de 1946.

 Da esquerda para a direita:
Tito, Felix, Pícolo e Agostinho Furgeri


Pertenceu a organização dos confrades vicentinos organizou quermesses e festas para angariar fundos para melhorias no jardim da praça da Santa Cruz que era localizada na Avenida Irmãs Cintra.



Narciso Poiato e Augusto Furgeri

O antigo servidor municipal Agostinho Furgeri dedicou ao longo de toda sua vida o máximo esforço no embelezamento de nossas praças, sendo conhecido como Gusto Jardineiro faleceu no dia 10 de junho de 1955 exercendo suas atividades no jardim. 


Este jardim que tanto ele queria bem e que por um destes caprichos do destino o acolheu em sua própria morte. Após sua morte prestaram-lhe uma homenagem colocando um quadro com sua fotografia no interior do coreto.  
Certamente um homem que merece ser lembrado pois todas as fotos antigas que temos onde o largo da Igreja Matriz e também as do jardim aparecem, estão confeccionados locais muito bem preservados e limpos.

Seu Agostinho não se tornou somente um jardineiro mais também um homem que plantava sonhos na imaginação de todos nós, uma rosa que deveria ser sempre plantada na história de São Manuel.