José
Benedito Canelas nasceu em São Manuel (SP) no dia 3
de outubro de 1938, filho de Alberto Luís Canelas e de Hercília Lara Canelas.
Técnico
empregado pela Companhia de Desenvolvimento do Estado de Mato Grosso (Codemat)
em diversos trabalhos de integração rodoviária no estado, em 1966 elegeu-se
vereador à Câmara Municipal de Cáceres (MT), cumprindo mandato até 1971. No
pleito de novembro de 1970, elegeu-se deputado à Assembléia Legislativa de Mato
Grosso na legenda da Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido de
sustentação ao regime militar vigente no país desde abril de 1964. Assumindo o
mandato em fevereiro de 1971, foi líder do governo na Assembléia a partir de
1973.
Eleito
em 1974 deputado federal por Mato Grosso na legenda da Arena, encerrou seu
mandato estadual em janeiro de 1975 e, no mês seguinte, assumiu uma cadeira na
Câmara. No exercício do mandato, foi suplente da Comissão de Minas e Energia e
membro efetivo da Comissão de Agricultura e Política Rural da Câmara.
Membro
do conselho deliberativo da Fundação Mílton Campos para Pesquisas e Estudos
Políticos, entidade mantida pela Arena, candidatou-se ao Senado em uma das
sublegendas apresentadas pelo partido em Mato Grosso. Sua candidatura ligava-se
ao grupo político liderado pelo ex-governador Pedro Pedrossian, de origem
pessedista, e derrotou, no pleito de novembro de 1978, por considerável margem
a do também arenista José Garcia Neto, ex-governador do estado. Durante a
campanha eleitoral, foi acusado de ter-se envolvido em negociações irregulares
de terras, mas foi defendido junto às autoridades federais pelo futuro
governador Frederico Campos.
Deixou
a Câmara dos Deputados em janeiro de 1979 e, no mês seguinte foi empossado como
senador. Suplente do secretário da mesa do Senado, participou ainda na condição
de titular das comissões do Distrito Federal, Saúde e de Legislação Social.
Assumiu
em março de 1983, a presidência da Fundação Mílton Campos.
Em
25 de abril de 1984 a emenda Dante de Oliveira, apresentada na Câmara dos
Deputados, propôs o restabelecimento das eleições diretas para presidente da
República já em novembro desse ano. Como a emenda não obteve o número de votos
indispensáveis à sua aprovação — faltaram 22 para que o projeto pudesse ser
encaminhado à apreciação pelo Senado Federal —, no Colégio Eleitoral, reunido
em 15 de janeiro de 1985, Benedito Canelas votou no candidato oposicionista
Tancredo Neves, eleito novo presidente da República pela Aliança Democrática,
uma união do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) com a
dissidência do PDS abrigada na Frente Liberal, derrotando o candidato do regime
militar, Paulo Maluf. Contudo, Tancredo Neves não chegou a ser empossado na
presidência, vindo a falecer em 21 de abril de 1985. Seu substituto foi o vice
José Sarney, que já vinha exercendo interinamente o cargo, desde 15 de março
deste ano.
Deixou
o Senado em fevereiro de 1987, sem disputar o pleito de novembro de 1986 e,
afastando-se da carreira política.
Casou-se
com Sueli Maria de Pinho, com quem teve três filhos, faleceu em 1 de janeiro de
2016 de infarto.
Publicou Programa
de colonização (1975), Plano de desenvolvimento integrado Alto
Guaporé-Jauru(1976).
FONTES: CÂM. DEP. Deputados; CÂM.
DEP. Deputados brasileiros. Repertório
(1975-1979); Estado
de S. Paulo(5/12/78); Globo (26/4/84 e 16/1/85);
Jornal
do Brasil (5 e 22/11/78); NÉRI, S. 16; Perfil (1980); Política;
TRIB. SUP. ELEIT. Dados (9).
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