Embora se tinha certa restrição à entrada nas escolas antigamente, seja
por causa do tempo que muitas crianças eram obrigadas a trabalhar para pôr
comida dentro de casa e ainda, cuidar dos seus irmãos menores enquanto suas
mães trabalhavam em casas de famílias ou estavam em lavouras providenciando o
jantar incerto, ou ainda distância, já que muitos moravam em áreas rurais, sem
tirar a condicionante de que a êxodo rural no Brasil não foi abrupto. A
degeneração é atual.
Muitos "especialistas" procuravam soluções em programas
educacionais teóricos sem levar em consideração que o objeto de estudo é o
aluno. Um ser humano, dotado de consciência e escolhas autônomas, capaz de agir
de diversas possibilidades em diversas ocasiões, tornando impossível uma
padronização (que só seria possível por algo imaterial, como a moralidade).
Então, o que explica a superioridade das escolas de décadas anteriores,
sendo que tinham menos recursos e muitas outras limitações?
Como aluno, tenho propriedade para falar de alguns pontos que presenciei
(ainda que em colégio militar):
1) Moralidade:
Os ideias de moralidade totalmente distorcidos pelos professores
formados em universidades marxistas depois da brecha de Golbery foram
encravadas nas cabeças estudantes, que posteriormente viraram professores e
perpetuam esse ciclo de genocídio moral e intelectual.
2) Interesse em aprender:
Hoje um aluno quando vai à escola, conta os segundos para que dê o
horário e saia correndo em busca de seus celulares para ver as publicações de “Quebrando
o Tabu, Mídia Ninja e Catraca Livre.” Etc.
E quando lá estão, esperaram ansiosamente pelo o professor de filosofia
que não quer falar de Platão ou Sócrates, mas sim de Paulo Freire e Gramsci.
Os alunos não querem mais aprender matemática, química, história ou
física. "Isso é muito difícil" em suas palavras, "coisa do
passado" e o mais recente "coisa de burguês".
Querem mesmo saber sobre homossexualismo, revolução do proletariado e
como "lacrar" nos redutos de colegas que ainda resistem com seus
cérebro intactos por causa dos bons costumes dos pais.
3) Má Gestão dos Recursos Para a Educação:
Definitivamente a escola pública atual recebe muito mais recursos do que
a de décadas anteriores, e mesmo assim, falha ao ensinar os alunos por motivos
que discorre brevemente.
A corrupção é um fator preponderante não só na deterioração da educação,
como também em outras áreas essenciais à sociedade.
Quanto mais se desce na descentralização política, mais dinheiro vai
sumindo, mão por mão vai tirando sua lasquinha do pedaço de dinheiro que vai
ficando escasso, sobrando apenas trocados para comprar bolacha cream cracker
com suco ralo de goiaba como merenda para nossas crianças.
E a solução?
Não vivi o suficiente para estudar os problemas da educação brasileira
que é tão complexo, tenho apenas 19 anos. Talvez volte a escrever sobre como
solucionar isso algum dia. Mais velho.
Mas estando em escola pública, vendo de perto o que os "especialistas"
não conseguem ver, escrevo isso como crítica a falta de moralidade dos
estudantes, do desinteresse em aprender e a noção de futuro que nos foi tirada.
Cleiton Sanchez Santos