27/12/2018

Um Estudo Sobre As Mazelas e as Causas da crise na segurança pública brasileira:



O problema da segurança pública é institucional. Não há outra explicação para o crescimento exponencial do tráfico, dos homicídios, dos roubos e da impunidade.

Mas o que o torna institucional e quando começou?

Acredito que teve início logo com a saída dos militantes, junto com a redemocratização e o seu sonho de que um mundo cor de rosa estava por vim. Tiraram a autoridade da polícia manchando sua imagem com falácias e reduzindo seus contingentes aos poucos como uma maneira de "vingança" pelo período militar que nos salvara da, nas palavras de Eduardo Jorge do PV que fora revolucionário àqueles tempos, ditadura do proletariado.

E se tornou institucional de fato quando a consequência dessa vingança começou a aparecer.
Com o sucateamento das polícias, as resoluções de crimes se tornaram cada vez mais difíceis e raras, produzindo um sentimento de impunidade nos delinquentes, e uma síndrome, que eu particularmente gosto de chamar, da ovelha em nós.


Reconheço que estaria sendo injusto em colocar a culpa só na redemocratização, porque a história do Brasil como um todo já é turbulenta e um governante eleito jamais conseguiu governar em paz.

A história do Brasil é: Foco na política, fogo no povo.

Voltando ao assunto da Segurança Pública, com ênfase maior na criminalidade como vocês já perceberam, e que também é o assunto mais urgente para nós, relés cidadãos comuns.

Separo a causa da crise da segurança pública no Brasil em três fatores, mas falarei apenas de dois.

O primeiro é o fator político, do qual não falarei; embora de certo modo, discorri na introdução, mas de forma muito tênue, uma vez que os trâmites políticos brasileiros fariam as teorias de Einstein parecerem contos para fazer bebê dormir.

O segundo é o Criminoso Comum, que sem ligação nenhuma com as organizações criminosas, praticam seus delitos com o maior sentimento de impunidade e ver na crise uma oportunidade de ganhar um dinheiro fácil com roubos e furtos, estes (criminosos comuns. Não se percam) são também os que cometem latrocínios e homicídios passionais (muito importante este ponto nesta segunda classificação)

E o terceiro e o mais grave, é o crime organizado.
Não sei como começou de fato, porque esse problema não é exclusivo do Brasil, muito menos desta época.

O que sabemos é que a complexidade, organização e situação financeira dessas organizações favorecem muito com o aumento da criminalidade quando nos traz uma visão de que o crime organizado é incombatível.
Eles financiam e fomentam o tráfico de drogas nas favelas, comandam de dentro de presídios de alta segurança grandes assaltos, ajudam em campanhas eleitorais que os favoreçam, importam e exportam ilícitos de forma complexa e organizada, envolvendo agentes públicos em muitos casos, tornando difícil realmente o combate porque o agente que deveria estar a serviço da sociedade, está a serviço da organização criminosa antes disso.

De novo, assim como a educação, não tenho as repostas para acabar, ou ao menos, amenizar essa situação.

Como uma justificativa e de certa forma, um pedido de desculpas, eu falo para vocês que me classifico como um estudante de medicina que consegue ver a doença, mas não sabe como tratar o paciente porque ainda não acabei a faculdade.

Cleiton Sanches Santos.


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