Relato feito pelo Tenente da Real Força Aérea Britânica, Héctor Hawton, em 08 de agosto de 1942, quando as forças aliadas atacavam o coração da Alemanha na segunda guerra mundial. Os líderes aliados consideravam que um bombardeio intenso seria propicio para as pretensões de futuramente invadirem o continente.
“Os pilotos que tomaram parte nestes ataques gigantescos nunca deixaram de impressionar-se com a violência deles. Ao chegar sobre a área determinada, inicia-se o lançamento dos cartuchos de iluminação; se a visibilidade é muito boa, a cidade condenada à destruição parece uma miniatura de brinquedo. É claro que as bombas antiaéreas estouram e numerosos refletores esquadrinham os céus na esperança de iluminar um atacante. O resplendor dos fogos e dos refletores é de fazer cegar. Tudo parece fantástico, irreal; os dedos de luz que buscam entre as trevas, e os fogos artificiais, constituem um espetáculo macabro, tanto em terra como nas alturas. Há uma pausa angustiante à medida que a grande força de ataque dá voltas sobre a cidade. Na terra, o bramido de centenas de bombardeiros quadrimotores e o estrondo das baterias antiaéreas são ensurdecedores.
De repente, há um ruído que supera todos os demais. O próprio céu parece sacudido por súbita e catastrófica explosão, cada vez que os pilotos, impacientes, se lançam com seus aparelhos, como uma manada de lobos sobre a presa. Um dilúvio de bombas incendiárias e altos explosivos se precipita para baixo. Um anel de incêndios se ergue dos pontos visados. As explosões visivelmente, parecem fazer a cidade voar pelos ares.
Dez, vinte, talvez cinqüenta toneladas de bombas por minuto, caem, silvando, dentro daquele inferno criado pelos homens.”.
Fonte de Pesquisa - A Segunda Guerra Mundial), Editora Codex S/A – Argentina 1965
Trecho extraido do livro Necropsia do Homem de Eduardo A. Delamonica (em fase de registro na Biblioteca Nacional)
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