16/03/2011

GRANDES ESCÂNDALOS DA HISTÓRIA - CASO CELSO DANIEL RASTRO DE SANGUE E MORTE

12/10/2005 - 18h56
Entenda o caso Celso Daniel
da Folha Online

O prefeito de Santo André Celso Daniel (PT) foi seqüestrado no dia 18 de janeiro de 2002, quando voltava de um jantar em São Paulo. Ele estava acompanhado do empresário Sérgio Gomes da Silva. Dois dias depois, o corpo do prefeito foi encontrado em uma estrada em Juquitiba (a 78 km de São Paulo), com sete entradas de bala.
O inquérito da Polícia Civil sobre o caso sustentava que o crime não teve motivação política. Com o depoimento dos seis acusados e o do menor que confessou o crime, a polícia sustentou a versão do assassinato.
Para a família, no entanto, a morte do prefeito está ligada às denúncias de cobrança de propina de empresários do setor de transportes em Santo André. O prefeito teria tentado impedir o funcionamento do esquema.
Em agosto deste ano, a Polícia Civil reabriu as investigações devido às recentes denúncias apresentadas na CPI do Mensalão.
Segundo a polícia, Celso Daniel teria sido seqüestrado por acaso. Uma quadrilha da favela Pantanal planejara o seqüestro de um comerciante, mas ele não apareceu no local. Apenas o prefeito teria sido seqüestrado porque o carro em que ele estava desceu ladeira abaixo quando os seqüestradores tentavam retirar os ocupantes.
Os integrantes da quadrilha disseram que Ivan Rodrigues da Silva, o Monstro, líder do grupo, teria ordenado a libertação do prefeito, mas a ordem teria sido descumprida por outro integrante da quadrilha, José Edson da Silva.
José Edson da Silva afirmou à polícia que mandou matar o prefeito porque ele olhou para seu rosto. Ele negou a autoria dos disparos, que teriam sido feitos pelo adolescente.

Médico legista do Caso Celso Daniel é encontrado morto em São Paulo
13 de outubro de 2005
A Polícia Civil de São Paulo encontrou por volta das 14 horas de quarta-feira (12) o corpo de Carlos Delmonte Printes, 55 anos, médico-legista que examinou o corpo do prefeito de Santo André, Celso Daniel (Partido dos Trabalhadores- São Paulo) assassinado em 2002.
Delmonte dizia que o prefeito foi brutalmente torturado antes de ter sido executado. O médico também dizia que a hipótese de a morte de Celso Daniel ter tido origem num crime comum não era plausível.
Durante uma entrevista para o Programa do Jô, em setembro, Delmonte disse que recebeu pressão de políticos, entre os quais o deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (Partido dos Trabalhadores- São Paulo), para que concordasse com a hipótese de crime comum. Na ocasião, Delmonte disse: "Eu fui proibido de falar pelo diretor do Instituto Médico Legal. Bem mais tarde, depois que eu comuniquei o fato ao Ministério Público, eles alegaram que era para a minha proteção e em seguida foi decretado segredo de Justiça".
Com a morte do doutor Carlos Delmonte, agora são sete o número de pessoas que morreram e que tinham alguma relação com o caso do assassinato do prefeito de Santo André.

Caso Celso Daniel: o primeiro condenado e uma fila de cadáveres:
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/caso-celso-daniel-o-primeiro-condenado-e-uma-fila-de-cadaveres/
Marcos Roberto Bispo dos Santos, o Marquinhos, um dos acusados pelo assassinato do prefeito de Santo André Celso Daniel, ocorrido em janeiro de 2002, foi condenado a 18 anos de prisão. O julgamento aconteceu no Fórum de Itapecerica da Serra. Santos, que é réu confesso, não compareceu. Adriano Marreiro dos Santos, seu advogado, diz que seu cliente confessou sob tortura. O Ministério Público reuniu evidências de que ele dirigiu um dos carros que abalroou a picape em que Celso estava, encomendou o roubo de outro veículo que participou da operação e conduziu a vitima da favela Pantanal, em Diadema, para Juquitiba, onde foi assassinada.
A tese do Ministério Público é a de que Celso foi vítima de um crime de encomenda, desdobramento de um esquema de desvio de recursos instalado na própria Prefeitura, que Celso não ignorava, destinado a desviar recursos para o PT. Membro do grupo, Sérgio Sombra seria o mandante.
Bruno Daniel, um dos irmãos de Celso, concedeu hoje uma entrevista à rádio CBN (aqui). Ele e sua família são os únicos brasileiros na França que gozam do estatuto oficial de “exilados”. Tiveram de deixar o país, ameaçados de morte. Francisco Daniel, o outro irmão, também teve de se mandar. Motivo: não aceitam a tese de que o irmão foi vítima de um crime comum. Bruno e sua mulher, Marilena Nakano, eram militantes do PT.
Na entrevista, Bruno voltou a afirmar que, no dia da Missa de Sétimo Dia de Celso, Gilberto Carvalho, hoje chefe de gabinete de Lula, confessou que levava dinheiro do esquema montado na Prefeitura para a direção do PT. Carvalho lhe teria dito que chegou a entregar R$ 1,2 milhão ao então presidente do partido, José Dirceu. Carvalho e Dirceu negam.
Bruno acusa os petistas de terem feito pressão para que a morte fosse considerada crime comum. Outro alvo seu é o advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, então deputado federal pelo partido. Ele acompanhou a necropsia do corpo e assegurou à família que Celso não tinha sido torturado, o que foi desmentido pelo legista Carlos Delmonte Printes em relato feito à família nas conversas que manteve com os Daniel. A tortura é um indício de que os algozes de Daniel queriam algo mais do que simplesmente seqüestrá-lo. Por que Greenhalgh afirmou uma coisa, e o legista, outra? Difícil saber: no dia 12 de outubro de 2005, Printes foi encontrado morto em seu escritório. A perícia descartou morte natural e não encontrou sinais de violência. A hipótese de envenenamento não se confirmou. Não se conhece até agora o motivo.
Todos os mortos
A lista de mortos ligados ao caso impressiona impressiona. Além do próprio Celso, há mais sete. Uma é o garçom Antônio Palácio de Oliveira, que serviu o prefeito e Sérgio Sombra no restaurante Rubaiyat em 18 de janeiro de 2002, noite do seqüestro. Foi assassinado em fevereiro de 2003. Trazia consigo documentos falsos, com um novo nome. Membros da família disseram que ele havia recebido R$ 60 mil, de fonte desconhecida, em sua conta bancária. O garçom ganhava R$ 400 por mês. De acordo com seus colegas de trabalho, na noite do seqüestro do prefeito, ele teria ouvido uma conversa sobre qual teria sido orientado a silenciar.
Quando foi convocado a depor, disse à Polícia que tanto Celso quanto Sombra pareciam tranqüilos e que não tinha ouvido nada de estranho. O garçom chegou a ser assunto de um telefonema gravado pela Polícia Federal entre Sombra e o então vereador de Santo André Klinger Luiz de Oliveira Souza (PT), oito dias depois de o corpo de Celso ter sido encontrado. “Você se lembra se o garçom que te serviu lá no dia do jantar é o que sempre te servia ou era um cara diferente?”, indagou Klinger. “Era o cara de costume”, respondeu Sombra.
Vinte dias depois da morte de Oliveira, Paulo Henrique Brito, a única testemunha desse assassinato, foi morto no mesmo lugar com um tiro nas costas. Em dezembro de 2003, o agente funerário Iran Moraes Rédua foi assassinado com dois tiros quando estava trabalhando. Rédua foi a primeira pessoa que reconheceu o corpo de Daniel na estrada e chamou a polícia.
Dionízio Severo, detento apontado pelo Ministério Público como o elo entre Sérgio Sombra, acusado de ser o mandante do crime, e a quadrilha que matou o prefeito, foi assassinado na cadeia, na frente de seu advogado. Abriu a fila. Sua morte se deu três meses depois da de Daniel e dois dias depois de ter dito que teria informações sobre o episódio. Ele havia sido resgatado do presídio dois dias antes do seqüestro. Foi recapturado. O homem que o abrigou no período em que a operação teria sido organizada, Sérgio Orelha, também foi assassinado. Outro preso, Airton Feitosa, disse que Severo lhe relatou ter conhecimento do esquema para matar Celso e que um “amigo” (de Celso) seria o responsável por atrair o prefeito para uma armadilha.
O investigador do Denarc Otávio Mercier, que ligou para Severo na véspera do seqüestro, morreu em troca de tiros com homens que tinham invadido seu apartamento. O último cadáver foi o do legista Carlos Delmonte Printes. Perdeu a conta? Então anote aí:
1) Celso Daniel : prefeito. Assassinado - 19 de janeiro de 2002
2) Antonio Palacio de Oliveira : garçom. Assassinado em fevereiro de 2003
3) Paulo Henrique Brito : testemunha da morte do garçom. Assassinado em março de 2003
4) Iran Moraes Rédia: reconheceu o corpo de Daniel. Assassinado - dezembro de 2003
5) Dionizio Severo: suposto elo entre quadrilha e Sombra. Assassinado - abril de 2002
6) Sérgio Orelha: Amigo de Severo. Assassinado em 2002
7) Otávio Mercier: investigador que ligou para Severo. Morto em julho de 2003.
8 ) Carlos Delmonte Printes: legista encontrado morto em 12 de outubro de 2005.
Por Reinaldo Azevedo

Promotora do caso Celso Daniel sofre atentado. Quem teria interesse em matá-la?
http://www.brasilwiki.com.br/noticia.php?id_noticia=32427
Publicado em 12/09/2010 pelo(a) Wiki Repórter mirna_cavalcanti_de_albuquerque, Rio de Janeiro - RJ
Quando a Justiça brandirá sua espada e punirá os culpados dos crimes todos cometidos neste país? Quanto mais teremos que esperar?

A PROMOTORA DE JUSTIÇA ELIANA VENDRAMINI, RESPONSÁVEL PELA INVESTIGAÇÃO E DENÚNCIA QUE APURA O ASSASSINATO DO EX PREFEITO CELSO DANIEL, SOFREU UM ATENTADO EM UMA VIA EXPRESSA DA CIDADE DE SÃO PAULO.
SEU AUTOMÓVEL FOI ABALROADO POR DOIS VEÍCULOS NA SUA LATERAL QUE CAPOTOU POR DIVERSAS VEZES, OS OCUPANTES DOS VEÍCULOS AINDA FIZERAM DIVERSOS DISPAROS POR ARMA DE FOGO CONTRA O VEICULO DA PROMOTORA ELIANA VENDRAMINI,
O FATO NÃO TEVE CONSEQÜÊNCIAS MAIS GRAVES, POIS A BLINDAGEM DO AUTO A PROTEGEU DA MORTE CERTA.
A PROMOTORA ESTÁ INTERNADA EM UM HOSPITAL EM ESTADO DE CHOQUE
O PROCURADOR-CHEFE DO MINISTÉRIO PUBLICO DE SP DETERMINOU QUE O HOSPITAL ONDE ESTA INTERNADA A PROMOTORA ELIANA SEJA MANTIDO EM SEGREDO PARA SUA SEGURANÇA E EXIGIU A QUE POLICIA MILITAR DE SP QUE DESSE GUARDA ARMADA NA PORTA DO DE SEU QUARTO 24 HORAS, E NA SUA RESIDÊNCIA POIS O MP TEME PELA SEGURANÇA DA FAMÍLIA DA PROMOTORA ELIANE VENDRAMINI.


O promotor de justiça Francisco Cembranelli disse que a condenação de Marcos Roberto a 18 anos de prisão representa vitória da tese do Ministério Público de que a corrupção mandou matar o prefeito de Santo André. "Especificamente, foi proposto aos sete jurados um quesito de que o homicídio teria sido cometido mediante paga e recompensa, e o júri acolheu", observou o promotor. "Não temos aí crime de extorsão, nem crime contra o patrimônio, nem coisa alguma semelhante. Temos, sim, um crime encomendado, homicídio, e a prova mostra exatamente isso."

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