16/03/2011

GRANDES ESCÃNDALOS DA HISTÓRIA - O ASSASSINATO DE TONINHO DO PT

Antônio da Costa Santos (São Paulo, 14 de junho de 1952 — Campinas, 11 de setembro de 2001), mais conhecido como Toninho do PT, foi um político brasileiro.
Filiado ao PT, exercia o cargo de prefeito de Campinas quando foi assassinado a tiros.
Toninho estava há apenas oito meses no cargo de prefeito de Campinas. Sua atuação contra o crime organizado e as reduções em até 40% nos valores pagos em contratos a empresas de serviços como merenda escolar e limpeza urbana, somadas à insistência do prefeito em desalojar casas para a ampliação do aeroporto de Viracopos lhe renderam várias ameaças – o que reforça a hipótese de crime político.
Um inquérito policial concluiu que o prefeito, durante uma viagem que fazia de automóvel, foi morto sem nenhum motivo além do fato de cruzar por acaso com um bando de criminosos que na ocasião passava pelo local. O carro do prefeito teria inadvertidamente fechado o veículo dos bandidos e por causa disso eles atiraram na direção do prefeito. A última das três balas atingiu Toninho na artéria aorta, matando-o instantaneamente. Minutos antes, ele passara em uma loja do Shopping Iguatemi para retirar ternos que havia comprado.
A família de Toninho não se conformou com o resultado do inquérito policial e pediu novas investigações. Os familiares do prefeito morto acreditam que o crime teve motivação política, bem como colegas de partido como José Genoíno, que declarou na ocasião que o assassinato de Toninho fora motivado por suas enérgicas ações contra o narcotráfico campineiro.
Curiosamente, Toninho teve um mau pressentimento pouco antes de sua morte. Num discurso no Palácio dos Jequitibás, a sede da Prefeitura de Campinas, ele reafirmou que, caso algo lhe acontecesse, a primeira pessoa a assumir o cargo seria sua vice-prefeita, Izalene Tiene. Outro detalhe é que a cobertura de sua morte foi quase completamente ofuscada pelos ataques de 11 de setembro de 2001 aos Estados Unidos, ocorridos na mesma manhã de sua morte.


Testemunha do caso Toninho do PT diz que ameaças aumentaram
01/12/2005 - 20h15 http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u74325.shtml
MAURÍCIO SIMIONATO
da Agência Folha, em Campinas
O sushiman identificado como "Jack" --uma das principais testemunhas no caso do assassinato do prefeito de Campinas (SP) Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT --disse nesta quinta-feira que as ameaças de morte contra ele se intensificaram após ter prestado depoimento a uma subcomissão da CPI dos Bingos, na segunda-feira.
Aos senadores que o ouviram, "Jack" revelou nomes de pessoas que teriam participado de reuniões em um bingo de Campinas (95 km de São Paulo), nas quais, segundo o sushiman, foi tramada a morte de Toninho, ocorrida uma semana depois.
Toninho foi assassinado dentro de seu carro na noite de 10 de setembro de 2001, quando saía de um shopping.
"Jack" diz ter presenciado as reuniões escondido embaixo de uma mesa, em um mezanino superior dentro do bingo, durante a madrugada.
Na próxima quarta-feira, os senadores da subcomissão da CPI têm uma reunião agendada com o ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça), na qual relatarão o teor do depoimento do sushiman e pedirão que ele seja incluído no programa nacional de proteção a testemunhas.
A versão de "Jack" para a morte de Toninho já é conhecida do ministro da Justiça. Ele foi uma das primeiras pessoas a ouvir o sushiman, em 2002, quando ainda era advogado da família de Toninho no caso do assassinato.
Depois de relatar o caso a Thomaz Bastos, "Jack" manteve a versão em depoimentos, entre 2002 e 20003, dados ao Ministério Público, ao DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) e ao juiz do caso, José Henrique Torres.
Para a Promotoria e a polícia, o depoimento de "Jack" não se sustenta por contradizer outras informações que estão nos autos.
"Existe uma outra testemunha que pode comprovar a reunião, mas ele está com medo de aparecer. Se derem segurança, ele aparece", disse o sushiman.
Entre outro temas abordados na reunião no bingo, "Jack" diz ter ouvido os homens discutirem sobre investimentos em um shopping em Campinas e no Aeroporto Internacional de Viracopos, além da possível privatização da Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S.A.), de Campinas.
O sushiman disse ter passado a receber nesta semana telefonemas em seu celular de um telefone cuja identificação de chamada não aparece no visor do aparelho.
"Já perguntaram se eu estava pedindo para morrer. Uma outra vez me mandaram calar a boca e esquecer o caso Toninho. Em outro telefonema, fui questionado se queria terminar igual ao Toninho", disse à Folha.
Com a fisionomia abatida e fumando um cigarro atrás do outro, "Jack" recebeu a reportagem hoje de manhã, com a condição de que não fosse revelado o local da conversa.
O sushiman também relatou ter sido seguido por um veículo escuro no início desta semana, do local onde trabalhava até a casa de seus pais. Com medo, ele deixou hoje o emprego e a cidade onde vivia com os pais.
"Não sei mais o que faço da vida. Não posso nem usar algum cartão bancário senão me localizam", disse ele.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

MUITO OBRIGADO - SEJA NOSSO SEGUIDOR - EDUARDO AYRES DELAMONICA