“E foi assim
que, ás 2 horas da tarde desse 20 de setembro de 1903, na sala de conferencia
da Irmandade São Vicente de Paulo, Igreja Matriz, reuniu-se um punhado de
cidadãos amigos de sua terra, beneméritos de sua gente para tornar em realidade
o sonho de há muito acalentado.” Trecho retirado do jornal
são-manuelense A Folha sobre matéria escrita do hospital em 1 de janeiro de
1932, naquela tarde, de 1903, reuniram-se os senhores Vicente Soares, Dr. Jose
Augusto Pereira e Rezende, Frederico da Mota Macedo, Benjamim Lobo, Roque
Godinho, Jose da Cunha Pompeu, Luis Augusto de Campos Melo, Vitorino Barbosa
Junior, Dr. Luiz Augusto Teixeira de Assunção, Francisco Egídio do Amaral, Dr.
Godofredo Winken, Antonio Manoel Garcia Braga, Plínio Caneple, Porfírio Antunes
Oliveira, João Lourenço de Siqueira, por procuração foram representados os
senhores Francisco Salles, Dr. João Paulo Correia de Oliveira, Inácio Pupo, e
Antônio Emídio de Barros.
Tal
reunião presidida a época por Luiz Teixeira de Assunção que no momento expos os
motivos: “(...) fundar um estabelecimento
de caridade, cuja a falta São Manuel se ressentia enormemente e não poderia
mais prescindir.” Assim foi imediatamente aprovado e escolhido o nome nesta
reunião ficou Casa Pia São Vicente de Paulo. O presidente Dr. Assunção que já
em muitas reuniões da irmandade na sala de conferencia “passou a ler o projeto de estatutos por ele cuidadosamente organizado
com carinho que costumava a emprestar a todas as reuniões”. Foi eleita a
primeira diretoria do hospital que foi: Presidente Dr. Luiz Teixeira de
Assunção; Vice-presidente Dr. Jose A. Pereira de Rezende; Secretário Dr. João
Paulo C. de Oliveira; Tesoureira Frederico da Mota Macedo; Provedor Manuel
Garcia Braga.
Desta
forma foi criado um livro de ouro para angariar fundos para a construção do
hospital onde ficou consignado neste os doadores de grandes porções em dinheiro
como: Vicente Soares de Barros, Francisco Egídio do Amaral, Manuel Garcia
Braga, Barros & Cia, Antônio Martins, Frederico da Mota Macedo, José Sampaio
Góes, Ignácio da Silveira Pupo, Salles Toledo & Cia, Coronel Virgílio
Rodrigues Alves, Conselheiro Francisco de Paula Rodrigues Alves, H. de Almeida
Pirca, Lupércio T. de Camargo, João Sampaio, Luiz A. Teixeira de Assunção,
Vitor Martins de Almeida, Elizeu Augusto Teixeira, Alice Martins de Almeida,
Marina Martins de Almeida, Dulce Marins de Almeida, José de Meira Leite,
Sebastiana L de Barros, Dr. G. M. de Almeida e João Evangelista da Cruz.
Ao
começar esta maravilhosa história pelo meio demonstramos que cidadãos de São
Manuel se pautam e sempre se pautaram pela constante construção da cidade, na
verdade a saga do hospital do município foi idealizada desde os primórdios. A
Irmandade São Vicente de Paulo oficializou realmente este desejo na data de 20
de setembro de 1903, no entanto tal esforço começou muito antes no longínquo
ano de 1896, neste período a cidade possuía uma população substancial com
aproximadamente quatrocentas residências, com mais de dois mil habitantes
morando na cidade e com um número maior de pessoas morando na zona rural.
Com
a crescente colonização das terras foi sugerido pelo Doutor Eliakim Tavares
Ferrão a construção de um hospital na cidade. Tal sugestão foi descrita em um
manifesto subscrito por Eliakim, Doutor João Nogueira Jaguaribe e Raul da Silva
que colocava a ideia e pedia recursos para o feito, o que foi prontamente
atendido pela sociedade, a circular emitida por estes cidadãos dizia:
“CIRCULAR
Illm. E Exm. Sr.
Os abaixo
assignados, convictos da necessidade de ser construído nesta cidade, um prédio
para nelle serem tratados os enfermos, sem excepção de nacionalidades, que por
falta de recursos não tenham agasalho regular e nem meios de tratamento, isto é
uma CASA DE MISERICORDIA – tomam a liberdade de dirigir-se á V. Ex.,pedindo um
auxílio, quer seja em dinheiro, ou em materiaes, afim de ser levada a realidade
a idéa, cuja a importância os abaixo assignados deixam ao esclarecimento
critério de V. Ex. Outro sim, como não existiam subscrições, esperam os abaixo
assignados, que V. Ex. se dignará depositar em mãos sod Srs. Garcia Braga &
Cmp., Toledo & Irmão, Frederico da Motta Macedo, Oliveira & Barros ou
Sanseverino & Oliva a quantia com a qual o espirito caridoso de V. Ex.
quizer concorrer para aquelle humanitário fim, devendo os materiaes serem
entregues a qualquer dos abaixo
assignados; é isto até o dia 30 de Dezembro, visto desejarem dar começo á
construção nos princípios do anno próximo.”.
Logo a Irmandade Casa Pia recebia donativos em
dinheiro, carros de pedras e terras, os funcionários da Cia Sorocabana também
ajudaram neste intuído enviando por telegrafo a todos o seguinte: “SR.
Communico-vos
que, com meus colegas de escriptorio, vamos iniciar um abaixo assignado que
percorrerá até o Porto Martins, isto é, no percirso comprehendido da linha São Manoel.
O fim desse
abaixo assinado é angariar uma somma qualquer para a Casa Pia- A nossa Santa
Casa.
Em occasião
oportuna avisar-vos-hei sobre o resultado obtido e nessa ocasião escolheremos
de nossos colegas, um, para fazer a entrega das assignaturas a illustre
Commissão da Santa Casa.
Com estimas e
etc.
Benedito Dias Dos Santos
Telegraphista Bagageiro”
A
imprensa de São Manuel através do Jornal O Município que tinha como redator o
Dr João Nogueira Jaguaribe publica 11 de novembro de 1896 um manifesto em
primeira página transcrito pelo senhor Raul da Silva que aduzia:
“APELLO AO POVO
SOCORRO AOS INFELIZES
HOSPITAL DE MIZERICORDIA
Com o intuito
humanitário de minorar os padecimentos dos deserdados da fortuna, fazemos hoje
um appello aos generosos corações dos habitantes deste município esperando que
não sejam infrutíferos os esforços quando compungidos pelos sofrimentos alheios
pedindo que nos auxiliem, vindo cooperar na piedosa obra de caridade.
Há muito já que
se salienta em S. Manoel do Paraizo a necessidade de creação de um
estabelecimento de caridade para o tratamento de enfermos pobres; e, na
compreensão a mais absoluta de tal necessidade, o cidadão Eliakim Tavares
Ferrão lembrou a idéa de se erigir uma casa em logar apropriado e em condições
de satisfazer a hygiene, encarregando-nos de dar puplicidade á sua boníssima
idéa; e, nós, embora incompententes e obscuros publicistas, abraçámos
fervorosamente o projecto do cidadão Eliakim e contribuiremos com a melhor boa
intenção para tal se torne realidade.
Em circulares
dirigidas pessoalmente a todos os habitantes do município de cidadão Eliakim,
serão expostos não só o plano do edifício a construir, como também o modo pelo
qual será levado a efeito aquelle desideratum.
Estamos certos
de que, nem um dos dignos cavalheiros componentes desta briosa, patriótica,
illustrada, distincta e benemérita sociedade são manuelense se recusará a
prestar o seu valiosíssimo concurso para a realização da meretisima ideia.
(Pedaço
multildado)... que se acham os indivíduos enfermos que tiravam apenas de seu
trabalho quotidiano o indispensável á subsistência de sua família; quantas
vezes dentro de uma habitação (...) se desenrola o quadro pungentíssimo de uma
família inteira padecendo os horrores da nudez e da fome, porque o chefe dessa
família, o pai d´umas creanças que ali estão abandonadas a mais pavorosa
penúria, se acham enfermo em triste e miserável leito curtindo dores e coberto
por negros farrapos!!!. E tudo isso porque!? Porque apesar de todo o nosso
progresso moral e material ninguém cogitou de fazer suavizar os padecimentos
desses infelizes!!.
O quadro de
vimos de pintar, não é uma ficção para calar vossas almas, é pelo contrário um
desenho simplesmente verdadeiro e que vos podeis observar de si se penetrardes
nas rusticas choupanas onde a indigência fez sua morada permanente.
Além disso,
quantos factos idênticos se realizam, neste município e que passam inteiramente
ignorados por toda população? Quantos padeceram, padecem e padecerão as maiores
privações porque não temos hospital!?
Nas fazendas
mesmo que em geral os fazendeiros são compassivos e dedicados pelos seus
colonos, nem sempre os enfermos têm os recursos médicos nos momentos graves,
nem tampouco a hygiene imprescindivel.
Ora, si tivermos
um hospital de caridade próximo de recursos e entregue a uma direção solícita,
poderemos indubitavelmente descansar em relação a sorte que terão os nossos
enfermos pobres.
Por isso e mais
porque confiamos em absoluto na magnanimidade dos corações dos habitantes desta
comarca, fazemos o presente appello de que pobres e ricos trarão sua pedra para
a confecção do hospital de misericórdia, que será para os vindouros uma página
(...) do caratês altruístico do actual povo são manuelense.”
Devemos
aqui informar que os idealizadores da campanha pleitearam verbas Junto ao
Congresso do Estado que no primeiro momento não foi atendido, a propositura em
incluir a construção da casa de misericórdia na votação do orçamento caiu em
terceira votação, “o que é de lastimar
porque as eleições, apresentando-se tanta gente interessada no seu resultado,
nos auxílios a localidade e as instituições de caridade nada faz.” Comentário
do Jornal O Munícipio em 13 dezembro de 1896 ressaltando ainda que Botucatu
obteve para o mesmo fim um montante de “vinte
contos”, no entanto no ano
seguinte em 1897 conseguiram a tão desejada verba de cinco contos de reis.
Criada
a Irmandade São Vicente de Paulo onde seus membros percorreram toda a extensão
do município a cavalo, a pé e de trole conseguindo donativos para fazer caixa
para o início das obras, no mesmo ano houve uma crise do café e uma sensível
baixa de preços, assim com esta crise e sendo São Manuel um dos maiores plantadores
de café do Estado o sonho foi protelado e retomado em 1903.
Em
1903 a irmandade já tinha o suficiente para a construção da Casa Pia, na época
o senhor Ignácio Pupo fez a doação de todo o madeiramento para a feitura da
obra.
O
Hospital da Casa Pia de São Manuel foi inaugurado em 19 de agosto de 1906,
através de uma procissão que percorria as ruas da cidade trazendo no andor a
imagem de São Vicente de Paulo, nobre padroeiro do local.
FOTOS DA PROCISSÃO E INAUGURAÇÃO DO 1º HOSPITAL 1906
Foi
no período uma grande conquista para o município. Seu primeiro paciente foi
Constantino J. Mattos, com afecção broncopnemônica recebendo alta treze dias
após sua internação.”Foi assim que, entre
os receios da morte que o mal lhe sugeria e as venturas do restabelecimento da
saúde, o Constantino inaugurava, dando provas de sua eficiência, o primeiro
estabelecimento hospitalar de S. Manoel” Jornal A Folha 1 de janeiro de
1932
A
direção do hospital foi entregue ao Dr. Joaquim Baptista da Costa que era um
renomado médico da época que residia no município desde 1892, o corpo clinico
da instituição era composto pelos senhores Dr. Godofredo Winken, Dr. Cincinato
Pamponet, Dr. Ernesto Criciúma de Figueiredo. Dr. Jose Augusto Pereira de
Rezende, Dr. Júlio Attilio Salarolli e Dr. Braz Imparato. Sucedendo ao Dr.
Joaquim Baptista da Costa, assumiu o cargo de diretor o médico pediatra Dr.
Gentil Pacheco, sendo posteriormente substituído pelo Dr. Nilo Lisboa Chavasco,
eminente cirurgião. Em junho 1916 através de um convenio assinado, foi decidido
entregar o serviço de enfermagem ás irmãs de Caridade da Imaculada Conceição.
Em assembleia de 28 de janeiro de 1917 foi a diretoria autorizada a construir
um pavilhão para os aposentos das irmãs iniciando assim neste período a
construção e tais bem como de uma farmácia para a entidade
Com
o crescimento do hospital as necessidades também aumentaram e o local ficou
pequeno, precisando de uma local maior vez que não atendia mais a população
satisfatoriamente. Era classificado em 1933 como um prédio antigo, mal dividido
e mal construído, “muito deixavam a
desejar, todas as suas dependências. Foi por esse motivo, que a nova
directoria, após meticuloso estudo deliberou construir um novo prédio.” Jornal
o Liberal 1 de janeiro de 1933. No entanto, devo ressaltar aqui exagero de tal
redator, talvez na justificativa da construção de um novo prédio, deveria
depreciar o existente, relatos descrevem ao contrário, o Jornal o Movimento publica
em 18 de março de 1928 o seguinte: “O
Hospital S. Vicente de Paulo, benemérita instituição de caridade local, que
relevantes serviços vem prestando à nossa população, acaba de adquirir material
cirúrgico indispensável a boa execução dos serviços hospitalares. Ultimamente,
já têm feito ali innumeras operações, quase todas de alta cirurgia, não havendo
siquer um mau exito a constatar.”. O Provedor da época era José Maria do
Amaral.
Em
1929 o provedor da época Mario de Aguiar Pupo, contanto com o apoio de Elizeu
Augusto Teixeira, Luiz Chiaradia e Carlos Schmidt de Barros lançou nova
campanha contando com a sensibilidade da população e dos donos de lavoura,
solicitando novas contribuições para a construção de um novo hospital, tal
situação foi bem-sucedida. O novo hospital seria dividido em três andares. Siqueira
em sua obra descreve: “ Apesar de suas
mil hipóteses, não é facultado ao homem prever a incógnita do futuro, e ao
provedor Mario de Aguiar Pupo, que assumiu o cargo em 1929, estava reservada a
complicada e urgente tarefa de evolucionar em toda a sua estrutura as
disposições hospitalares.”
A
obra foi projetada de maneira graciosa pelo engenheiro Dr. Luiz M. Resende
Peuch tendo como administrador da obra o senhor Dr. José Alves Aranha sendo a
pedra fundamental lançada em 18 de outubro de 1931 sendo os executores da obra
os senhores Gennarino Di Lello e Francisco Michele.
Como
a obra seria executada no mesmo local do antigo hospital este foi sendo
demolido paulatinamente assim que as obras avançavam.
Além
das doações o hospital também realizava sorteios de bens e tômbolas para
angariar fundos, tentava de todas as formas arrecadar os recursos financeiros
para a construção de uma obra que até então era ambiciosa para o município.
Sendo
a ala esquerda do hospital inaugurada em 1 de janeiro de 1933 as 2 horas e
trinta minutos que consistia em uma procissão que tinha como ponto inicial a
Igreja Matriz onde o padre José Maria da Silva Paes ao chegar ao Hospital Casa
Pia São Vicente de Paulo faria sua benção. “Povo
de São Manuel! Não deveis faltar a essa empolgante inauguração. Ficareis
maravilhado com a obra gigantesca do hospital, o que representa apenas um terço
daquilo que vai ser o maior orgulho nosso.” Desta forma empolgada o Jornal
O Liberal convoca a todos.
O
livro comemorativo aos 108 anos da cidade descreveu que as obras do Hospital
como conhecemos hoje foram concluídas em agosto de 1953, sendo construído 4772
metros quadrados. Foi uma grandiosa obra.
Destaque-se
o auxílio financeiro importante de José Manuel Pupo e das Irmãs Cintra, dentre
várias doações importantes também Siqueira destaca: “ (...) e procedente do inventário das irmãs Valeriana, Jacinta e
Delfina Campos Cintra, Cr$1.989.560,00 ofertado por Jose Manuel Pupo, Legatário
daquele arrolamento, que num gesto filantrópico renunciou àquele alto valor
destinando-se ao socorro dos necessitados”. Diante deste gestou em
assembleia realizado em 28 de janeiro de 1945, Jose Manuel Pupo recebeu o
título de presidente vitalício da Casa Pia São Vicente de Paulo.
A
família Cintra era do Município de Amparo, as irmãs Cintra eram sobrinhas do
Barão de Campinas, bastante abastadas ajudaram também outras entidades como o
Hospital de São Paulo, a criação do Hospital Ana Cintra em Amparo.
Delfina
Cintra, Jacintha Cintra que foi tesoureira da Irmandade Coração de Jesus em
Amparo e Valeriana Cintra juntamente com Jose Manuel Pupo foram grandes incentivadores
a construção do novo hospital.
As
irmãs Cintra tinham como irmãos:
O
Coronel Joaquim Manuel de Campos Pinto que faleceu aos 75 anos de idade no dia
26 de junho de 1906, era grande lavrador em Itapira natural de Amparo, casado
com Maria B. de Araujo Pinto tendo os filhos Etelvina Pinto da Rocha Campos que
era casada com o advogado Arlindo da Rocha Campos e José Manuel Cintra que era
lavrador em Bauru, casado com Irene Lion Cintra;
Joao
Batista de Campos Cintra casado com Maria do Carmo Cintra falecida em 3 de
agosto de 1919;
Anna
Bernardina de Campos casada com Joaquim Ignacio da Silveira;
Elysea
de Campos Vergueiro casada com Arthur Nicolau Verguerio;
Maria
da Silveira Pupo casada com Ignacio da Silveira Paupo;
José
Ignácio de Campos Cintra casado com
Francisca Scares Cintra;
Sebastião
de Campos Cintra.
Não
consta em nenhum relato que a três irmãs se casaram o que ressalta a hipótese
de tais viverem solteiras até o fim da vida ainda, ressalte-se que uma delas
era noviça.
Em
1985 um incêndio destruiu parcialmente o prédio, assim se mobilizou toda a
comunidade novamente para a reconstrução do prédio que perdurou por 2 anos.
Deve-se
aqui ressaltar o esforço de pessoas que realmente pensaram no município. A
construção deste hospital é sobretudo uma obra social que perpetua até hoje
oferecendo a caridade aos são-manuelenses.
Não
ressaltar nomes a este opúsculo seria uma heresia, vez que a construção desta
obra se sobrepõe as paredes, é mais que isso. É uma história contada com muita
envergadura de cidadãos que fizeram e fazem um sonho mais que social, mais que
da alma, transpõem os horizontes da dignidade humana. Na verdade, é uma
história que acalenta, acomoda mesmo o ser humano com toda caridade do coração.
É uma história que começamos pelo meio, contamos o começo, e espero que nunca
tenha um fim, simplesmente que tenha o fim da assistência. Aos nomes, as
pessoas devemos ressaltar um conjunto que se tornou único, o conjunto chamado
população que unida construiu sem sombra de dúvidas o maior exemplo de
humanidade que um local pode ter. A estes bravos, gratidão somente não basta é
necessário reconhecimento.